Dívidas ou investimentos: o que vem primeiro? 

Em tempos de crescente conscientização financeira, uma dúvida muito comum entre brasileiros é: devo quitar minhas dívidas antes de começar a investir ou é possível fazer as duas coisas ao mesmo tempo? A resposta depende de alguns fatores, como o tipo de dívida, as taxas de juros envolvidas, sua renda e seus objetivos financeiros.  

Por isso, a seguir, vamos te ajudar a entender o que deve vir primeiro: dívidas ou investimentos, com dicas práticas para organizar sua vida financeira com segurança e estratégia. Confira!

Entendendo o impacto das dívidas nas suas finanças 

As dívidas, especialmente as de alto custo como cartão de crédito e cheque especial, podem comprometer de forma significativa sua saúde financeira. Isso porque os juros cobrados por essas modalidades são muito superiores à rentabilidade da maioria dos investimentos. 

Por exemplo, enquanto um investimento em renda fixa pode render 1% ao mês, uma dívida de cartão de crédito pode ter juros superiores a 10% ao mês. Nesse cenário, investir sem quitar o que estiver devendo é como tentar encher um balde furado. 

Quando priorizar o pagamento das dívidas 

Se você possui dívidas com juros altos, como: 

  • Cheque especial 

É recomendável priorizar o pagamento dessas pendências antes de investir. Isso porque qualquer rentabilidade que você possa conseguir com investimentos será facilmente anulada pelos juros que está pagando. 

Dica: Negocie suas pendências fianceiras para obter melhores condições e organize um plano para quitá-las o quanto antes. 

E se a dívida tiver juros baixos? 

Caso você tenha dívidas de baixo custo, como: 

  • Financiamento habitacional com juros reduzidos 
  • Empréstimos consignados 

Pode ser vantajoso manter um plano de investimentos paralelamente. Isso porque a rentabilidade de alguns ativos pode ser igual ou superior aos juros da dívida, e investir ajuda a construir uma reserva para o futuro. 

Nesses casos, o ideal é fazer um planejamento equilibrado, destinando parte da renda para amortizar o que estiver devendo e parte para começar a investir. 

A importância da reserva de emergência 

Antes de pensar em investir de forma agressiva, é fundamental construir uma reserva de emergência, mesmo que você ainda tenha dívidas. Essa reserva garante que, diante de imprevistos, você não precise recorrer novamente ao crédito, evitando um ciclo vicioso. 

A reserva deve ser de 3 a 6 meses do seu custo de vida e ficar aplicada em produtos com alta liquidez e baixo risco, como: 

  • Tesouro Selic 
  • CDBs com liquidez diária 

Como equilibrar dívidas e investimentos ao mesmo tempo 

Se você deseja pagar dívidas e investir ao mesmo tempo, siga este plano: 

  1. Organize suas finanças: Liste todas as dívidas com valor, taxa de juros e prazo. Mapeie sua renda e despesas mensais. 
  1. Classifique as dívidas: Dê prioridade às de juros altos. 
  1. Negocie condições melhores: Muitas instituições oferecem descontos para quitação antecipada ou parcelamentos com juros menores. 
  1. Monte um orçamento mensal: Separe um percentual fixo da renda para pagar dívidas e outro para começar a investir. 
  1. Invista primeiro na reserva de emergência: É o alicerce de qualquer planejamento financeiro. 

Quando começar a investir 

Após quitar dívidas caras e montar sua reserva, é hora de direcionar seus recursos para investimentos que se alinhem ao seu perfil de investidor e objetivos. Algumas opções incluem: 

  • Renda fixa: Tesouro Direto, CDB, LCI, LCA 
  • Fundos de investimento: Ações, multimercado, renda fixa 
  • Fundos imobiliários e ações: Para horizontes de longo prazo 

Vantagens de investir sem dívidas 

  • Maior tranquilidade financeira 
  • Melhor aproveitamento da rentabilidade 
  • Possibilidade de pensar em objetivos maiores (aposentadoria, viagens, imóveis) 
  • Menor estresse com cobranças e inadimplência 

Dívidas boas x ruins 

Nem toda dívida é ruim. Em alguns casos, contrair crédito pode ser estratégico, como: 

  • Investimento em educação 
  • Compra de imóvel com boas condições 
  • Financiamento de um negócio 

Essas são chamadas dívidas produtivas, pois podem gerar retorno financeiro ou agregar valor à sua vida. Ainda assim, devem ser bem planejadas. 

Já as dívidas ruins são aquelas feitas por impulso, sem planejamento ou para manter um padrão de vida acima da renda, como fazer compras no crédito sem necessidade. 

A resposta para a pergunta “Dívidas ou investimentos: o que vem primeiro?” é: depende do tipo que você tem e da sua realidade financeira. Em geral, quitar dívidas com juros altos deve ser prioridade. Ao mesmo tempo, é importante montar uma reserva de emergência e, aos poucos, iniciar seus investimentos. 

Portanto, com planejamento, disciplina e informação, é possível se livrar das dívidas e começar a construir um futuro financeiro mais tranquilo e rentável. Gostou do nosso conteúdo? Para se manter bem informado sobre o mundo das finanças basta acompanhar nosso blog. Aqui saem conteúdos todos os dias incluindo detalhes sobre nossas soluções. Vem conferir!

Quer sempre ficar por dentro de nossas atualizações?