É inegável que a ao longo dos anos a tecnologia tem transformado a forma como interagimos com o mundo e, talvez de maneira mais impactante, como realizamos transações financeiras. Atualmente uma das inovações mais promissoras e empolgantes nesse campo são os pagamentos por dispositivos vestíveis, os chamados wearables. Ao permitir que consumidores paguem contas, compras e serviços com um simples toque de pulso ou dedo, essa tecnologia torna o ato de pagar quase invisível e muito mais conveniente.
Mas você sabe o que exatamente eles são? Como funcionam esses pagamentos? E quais as vantagens e desafios dessa nova forma de lidar com o dinheiro? Calma, vamos por etapa e explicar tudo o que você precisa saber. Confira!
O que são e como funcionam nos pagamentos?
Dispositivos vestíveis são aparelhos eletrônicos que podem ser usados no corpo, como relógios inteligentes (smartwatches), pulseiras fitness, anéis, roupas inteligentes e até óculos de realidade aumentada. Com conectividade via tecnologias como NFC (Near Field Communication), Bluetooth e Wi-Fi, esses gadgets estão se tornando verdadeiros hubs de informação e controle.
No caso dos pagamentos, os dispositivos equipados com NFC permitem a realização de transações sem contato (contactless). A tecnologia funciona de forma semelhante a um cartão de crédito com aproximação: basta aproximar o wearable de uma maquininha compatível para que a compra seja processada. Por trás disso, há um ecossistema complexo e seguro, com criptografia e autenticação por biometria, senha ou reconhecimento facial, dependendo do dispositivo.
Plataformas como Apple Pay, Google Pay, Samsung Pay e Garmin Pay são exemplos populares que já permitem pagamentos por meio de smartwatches e outros dispositivos compatíveis.
Como a tecnologia está sendo adotada
Apesar de ainda ser considerada uma inovação emergente, o uso de wearables para pagamentos cresce de forma consistente. De acordo com a Statista, o mercado global de pagamentos com dispositivos vestíveis deverá ultrapassar os $1,3 trilhão até 2028, impulsionado pela expansão dos dispositivos conectados e pela preferência por métodos de pagamento rápidos e sem contato – algo que se intensificou com a pandemia da Covid-19.
O Brasil, por exemplo, tem mostrado forte adesão ao pagamento por aproximação e, por consequência, abre caminho para o uso de wearables. Bancos como Itaú, Bradesco, Santander, Nubank e C6 Bank já oferecem suporte a carteiras digitais integradas a smartwatches. Além disso, marcas esportivas e de tecnologia lançam pulseiras com chips de pagamento embutidos, ampliando o acesso à novidade.
Vantagens dos pagamentos com wearables
1. Comodidade extrema
A principal vantagem é a conveniência. Em vez de pegar a carteira, o celular ou o cartão, basta aproximar o pulso ou o dedo da maquininha. Ideal para quem está se exercitando, caminhando, dirigindo ou simplesmente quer agilidade no dia a dia.
2. Mais segurança
Apesar de parecer vulnerável à primeira vista, a tecnologia é extremamente segura. Os pagamentos exigem autenticação por biometria ou senha, e os dados do cartão nunca são armazenados ou transmitidos diretamente. Em vez disso, utiliza-se um token criptografado, o que dificulta fraudes.
3. Higiene e distanciamento
Durante a pandemia, a necessidade de minimizar o contato físico impulsionou soluções contactless. Wearables reduzem o manuseio de dinheiro e de cartões, contribuindo para práticas mais seguras de saúde pública.
4. Integração com estilo de vida
Wearables fazem parte do dia a dia: monitoram batimentos cardíacos, passos, qualidade do sono e notificações. Adicionar a função de pagamento a esses dispositivos é uma evolução natural, que coloca ainda mais funcionalidades em um único acessório.
5. Inovação e status
Ainda que esteja se popularizando, pagar com um smartwatch ou anel inteligente ainda causa surpresa e admiração. Para alguns consumidores, é também uma forma de expressar um estilo de vida moderno e conectado.
Desafios e limitações da tecnologia
Apesar das vantagens, os pagamentos com wearables ainda enfrentam barreiras importantes:
1. Alto custo de entrada
Smartwatches, pulseiras e anéis com tecnologia de pagamento integrada ainda são caros. Isso limita o acesso a camadas da população com menor poder aquisitivo, dificultando a massificação.
2. Dependência de bateria e conectividade
A maioria dos dispositivos precisa estar carregada e conectada a um smartphone para funcionar corretamente. Se a bateria acabar ou o dispositivo estiver desconectado, o pagamento pode falhar.
3. Compatibilidade limitada
Nem todos os bancos e bandeiras de cartão são compatíveis com todos os sistemas. Além disso, algumas maquininhas de pagamento mais antigas ainda não aceitam tecnologia contactless.
4. Falta de conhecimento
Muitos consumidores ainda não sabem que podem pagar com um smartwatch ou pulseira. A adoção depende também de educação digital e confiança na segurança do sistema.
O futuro dos wearables no sistema financeiro
O avanço da Internet das Coisas (IoT) e da inteligência artificial promete transformar ainda mais os wearables em ferramentas multifuncionais. No futuro, é possível que vejamos roupas que pagam automaticamente ao passar por sensores em lojas, óculos que identificam produtos e autorizam compras por comandos visuais, ou até biochips implantáveis que substituam todos os meios de pagamento atuais.
Além disso, iniciativas de inclusão financeira podem adaptar os wearables para comunidades que ainda estão à margem do sistema bancário tradicional. Imagine pulseiras pré-pagas sendo distribuídas em programas sociais, com recursos recarregáveis via Pix ou transferência digital.
Empresas também poderão usar wearables como instrumentos de fidelização: pulseiras de academias, parques de diversão, festivais de música ou redes de varejo que funcionem como carteira digital, ingresso e cartão de pontos ao mesmo tempo.
Dicas para começar a usar
Se você ficou interessado(a) em aderir a essa tecnologia, aqui vão algumas orientações práticas:
- Verifique se seu dispositivo é compatível com carteiras digitais como Apple Pay, Google Pay, Samsung Pay ou Garmin Pay.
- Atualize o sistema do seu dispositivo para garantir que todas as funções estejam habilitadas e seguras.
- Cadastre seus cartões na carteira digital diretamente no aplicativo do seu smartwatch ou celular.
- Ative autenticação biométrica ou senha para proteger suas transações.
- Teste em locais de confiança antes de usar em estabelecimentos desconhecidos. Verifique se a maquininha aceita pagamentos por aproximação.
- Fique atento aos seus gastos: o excesso de praticidade pode levar a compras por impulso.
Esta nova funcionalidade é uma verdadeira revolução na forma como lidamos com o dinheiro. Unindo conveniência, segurança e inovação, os wearables tornam as transações mais simples, rápidas e conectadas ao nosso cotidiano. Embora ainda existam desafios técnicos e sociais a superar, o futuro aponta para um cenário em que pagar será tão natural quanto respirar e poderá ser feito com um simples gesto.
Na era da hiperconectividade, o dinheiro se torna cada vez mais invisível, e a tecnologia, cada vez mais presente no corpo e na rotina. É nesse cenário que a B.codex se destaca, oferecendo conteúdo de qualidade e soluções tecnológicas que acompanham a evolução do mercado financeiro. Acesse nosso blog para se manter atualizado e conheça nossas ferramentas pensadas para transformar a experiência financeira de indivíduos e empresas.