A pandemia da COVID-19 acelerou uma série de transformações que já estavam em curso e uma das mais marcantes foi a forma como lidamos com o dinheiro. Pois o que antes era físico e tangível, como moedas e cédulas, está sendo substituído rapidamente por opções digitais e, especialmente, pagamentos por aproximação.
QR Code, NFC (Near Field Communication), pagamentos por smartwatch, Pix com aproximação: essas tecnologias ganharam espaço, comodidade e relevância. Mas será que os pagamentos sem contato vieram para ficar? Ou seriam apenas uma moda passageira impulsionada por uma crise sanitária? Vamos explorar abaixo a evolução dessas tecnologias, entender seus benefícios, desafios e o que esperar do futuro das transações sem contato no Brasil e no mundo. Vamos lá?
O que são?
Pagamentos sem contato (ou contactless) são transações financeiras que não exigem o contato físico entre o meio de pagamento (cartão, celular ou smartwatch) e o terminal de leitura. Isso é possível graças a tecnologias como:
- NFC (Near Field Communication): usada em cartões de crédito e débito com chip contactless, smartphones e dispositivos vestíveis (como relógios inteligentes).
- QR Code: código visual escaneado pela câmera de um celular, que direciona a uma página de pagamento ou autenticação no app bancário.
- Bluetooth Low Energy (BLE): menos comum, mas também utilizado para autenticação de pagamentos em alguns ambientes fechados.
- Tokenização e carteiras digitais (wallets): como Apple Pay, Google Pay, Samsung Pay e carteiras de bancos digitais.
A ascensão durante a pandemia
Durante a pandemia, o medo do contágio por superfícies tocadas intensificou a busca por meios que dispensassem o contato físico. Assim, supermercados, farmácias, lojas de conveniência e até vendedores informais passaram a adotar soluções como QR Code e NFC para reduzir o manuseio de dinheiro.
De acordo com dados do Banco Central, o uso de pagamentos por aproximação no Brasil cresceu mais de 300% entre 2020 e 2023. O QR Code, já popular na China e Índia, também ganhou força com iniciativas como o Pix com QR Code estático e dinâmico.
NFC: a tecnologia discreta que virou padrão
Essa tecnologia se tornou a espinha dorsal dos pagamentos por aproximação. Cartões físicos com chip NFC já são distribuídos pela maioria dos bancos brasileiros, e os celulares com essa tecnologia embarcada permitem que qualquer usuário com uma carteira digital faça pagamentos em segundos basta desbloquear o aparelho e aproximá-lo da maquininha.
Vantagens:
- Velocidade: pagamentos em menos de 3 segundos.
- Conveniência: dispensa digitação de senha para valores até R$ 200 (em média).
- Segurança: utiliza tokenização e criptografia; o número real do cartão nunca é transmitido.
- Integração com smartwatches: ideal para quem pratica atividades físicas ou quer mais agilidade.
QR Code: da publicidade à popularização nos pagamentos
Embora não seja uma tecnologia nova, sua presença no setor financeiro é relativamente recente. Seu uso cresceu de forma vertiginosa com o avanço do Pix, que permitiu a geração de códigos personalizados e instantâneos.
Empresas como iFood, Mercado Pago, PicPay e bancos digitais implementaram o pagamento via QR Code como alternativa rápida e barata especialmente para pequenos comerciantes e microempreendedores.
Tipos presentes no contexto financeiro:
- Estático: mesmo código para vários pagamentos (valor digitado pelo cliente).
- Dinâmico: código gerado com valor fixo, válido para uma transação específica.
- QR reverso: usado por maquininhas que leem o código na tela do cliente.
O papel do Pix nos pagamentos sem contato
O sistema de pagamento instantâneo criado pelo Banco Central em 2020, foi um divisor de águas para a bancarização e digitalização no Brasil. Em 2025, o Pix já conta com funcionalidades como:
- Pix por aproximação (NFC + Pix): ainda em fase de expansão.
- Pix Automático: para cobranças recorrentes como assinaturas e mensalidades.
- Pix Garantido (em estudo): uma alternativa ao cartão de crédito.
Portanto, ao integrar QR Code, biometria e notificações em tempo real, o Pix reduziu drasticamente a necessidade de dinheiro em papel e abriu caminho para soluções híbridas e acessíveis, mesmo para quem não possui cartão de crédito.
Os benefícios dos pagamentos sem contato
- Praticidade: pagar sem abrir carteira ou digitar senha economiza tempo.
- Segurança sanitária: sem necessidade de tocar em terminais ou cédulas.
- Menor risco de fraude: tecnologias como tokenização, criptografia e autenticação biométrica dificultam clonagens.
- Inclusão financeira: soluções como Pix e QR Code permitem que até quem não tem cartão participe do sistema financeiro.
- Integração com programas de fidelidade e cashback: facilitada em apps de pagamento digital.
Desafios e limitações atuais para efetuar pagamentos sem contato
Apesar das vantagens, a adoção total dos pagamentos sem contato ainda encontra obstáculos:
- Infraestrutura desigual: muitos pequenos comércios ainda não têm maquininhas com NFC ou não aceitam QR Code.
- Falta de educação digital: parte da população não conhece ou desconfia da tecnologia.
- Limites de valor: para segurança, pagamentos NFC sem senha são limitados — o que pode frustrar em compras maiores.
- Conectividade: o uso de QR Code e carteiras digitais depende de internet e bateria disponível.
Pagamentos sem contato são seguros?
Sim. As tecnologias envolvidas são altamente seguras quando utilizadas corretamente. O NFC, por exemplo, usa um sistema de tokenização, em que o número do cartão real é substituído por um número temporário criptografado evitando fraudes por interceptação.
Já o QR Code, quando gerado por apps confiáveis, apresenta baixo risco. O maior perigo está em códigos maliciosos colados em cima de códigos reais por isso, é sempre importante conferir o nome do destinatário e o valor antes de confirmar.
Dicas para segurança:
- Use apps oficiais ou bancários.
- Ative a autenticação em duas etapas no seu celular.
- Confira os dados do recebedor antes de confirmar qualquer transação.
O futuro dos pagamentos sem contato
Com a evolução do open finance, do 5G e da inteligência artificial aplicada ao consumo, a tendência é que os pagamentos sem contato fiquem ainda mais integrados à vida cotidiana. Especialistas apontam os seguintes caminhos:
- Pagamentos invisíveis: onde o pagamento é feito automaticamente ao sair da loja (modelo Amazon Go).
- Reconhecimento facial e biometria: como autenticação primária para transações.
- Cartões e dispositivos vestíveis inteligentes: como pulseiras, anéis e chaveiros de pagamento.
- Integração com transporte público: como já acontece em São Paulo, Londres e Nova York.
No Brasil, iniciativas de bancos, fintechs e grandes varejistas indicam que a experiência de pagamento será cada vez mais fluida, digital e personalizada.
Uma revolução que não tem volta
A transformação dos meios de pagamento não é uma tendência passageira é uma mudança estrutural e irreversível na forma como interagimos com o dinheiro. Do QR Code ao NFC, passando por carteiras digitais e o Pix, os pagamentos sem contato não apenas vieram para ficar, como estão redefinindo o que significa comprar, vender e trocar valores em sociedade.
Para o consumidor, o desafio é se adaptar com segurança e consciência, escolhendo as soluções que combinam praticidade com proteção. No entanto, para empresas e instituições financeiras, o desafio é ampliar o acesso, educar os usuários e inovar de forma ética.
Nosso papel para você adotar tecnologias mais seguras e inteligentes
Na era dos pagamentos digitais, é natural sentir dúvidas sobre segurança, usabilidade e confiança. Mas com tantas opções disponíveis NFC, QR Code, carteiras digitais, Pix por aproximação, muitos usuários ainda hesitam em aderir a essas inovações por receio ou falta de orientação. É justamente aqui que a Bcodex se torna uma aliada fundamental na sua jornada financeira.
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Se você está começando a usar pagamentos por aproximação, aqui te ajudamos a entender como ativar o NFC no celular, configurar uma carteira digital com proteção e reconhecer tentativas de fraude. Além disso, se prefere QR Code, mostramos como escanear com segurança, validar dados do recebedor e proteger seus dados pessoais.
Além disso, incentivamos hábitos saudáveis como o uso consciente de novas tecnologias, a verificação dupla nas transações, o uso de autenticação em duas etapas e o controle de gastos por apps integrados.
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