Investimentos internacionais: Como diversificar fora do Brasil com segurança? 

Investimentos internacionais: Como diversificar fora do Brasil com segurança? 

Com a crescente instabilidade econômica, flutuações cambiais e incertezas políticas no Brasil, cada vez mais investidores estão buscando formas de proteger seu patrimônio e diversificar sua carteira fora do país. Investir no exterior, antes limitado a grandes fortunas, hoje é acessível para qualquer investidor brasileiro — graças à popularização de BDRs, ETFs internacionais e corretoras globais. 

Neste artigo, você vai entender por que e como investir no exterior com segurança, explorando os principais produtos, estratégias e cuidados. Veja! 

Por que fazer investimentos internacionais? 

1. Diversificação geográfica 

Investir em diferentes regiões reduz a dependência do desempenho da economia brasileira. Se o Brasil vai mal, sua carteira pode ser protegida por ativos globais. 

2. Exposição a moedas fortes 

Apostar em ativos em dólar, euro ou libra ajuda a preservar o poder de compra em momentos de desvalorização do real. 

3. Acesso a empresas e setores inovadores 

Investindo fora, você pode se tornar sócio de gigantes como Apple, Amazon, Tesla, Google, além de empresas asiáticas e europeias. 

4. Redução de riscos locais 

Instabilidades políticas, fiscais ou regulatórias afetam menos os investimentos externos. 

Opção 1 de Investimentos internacionais: BDRs – Brazilian Depositary Receipts 

Trata-se de recibos de ações de empresas estrangeiras negociados na B3 (Bolsa de Valores do Brasil). Ou seja, você pode investir em companhias globais sem sair do país. 

Vantagens: 

  • Não exige conta no exterior. 
  • Liquidez e negociação em reais. 
  • Sem IOF ou remessas internacionais. 

Cuidados: 

  • A cotação é influenciada tanto pela ação original quanto pela variação do dólar. 
  • Nem todos os BDRs têm boa liquidez (prefira os mais negociados). 

Exemplo de BDRs populares: 

  • AAPL34 – Apple 
  • AMZO34 – Amazon 
  • TSLA34 – Tesla 
  • META34 – Meta (Facebook) 

Opção 2 de investimentos internacionais: ETFs Internacionais 

Os Exchange Traded Funds são fundos que replicam índices. Existem ETFs listados no Brasil com exposição a mercados globais, como o S&P 500 ou o Nasdaq. 

Vantagens: 

  • Boa diversificação em um único ativo. 
  • Investimento acessível (a partir de R$100,00). 
  • Reinvestimento automático de dividendos. 

ETFs populares com foco internacional: 

  • IVVB11 – replica o S&P 500 (EUA). 
  • NASDAQ11 – replica o índice Nasdaq-100. 
  • EURP11 – expõe à economia europeia. 
  • ASIA11 – foca em países asiáticos. 

Opção 3 de Investimentos internacionais: Abrir conta em corretoras internacionais 

Essa é a forma mais direta de investir no exterior: abrir uma conta em corretoras globais (como Interactive Brokers, Passfolio, Nomad, Stake, Avenue, entre outras). 

Vantagens: 

  • Acesso completo à bolsa americana (NYSE e Nasdaq). 
  • Compra direta de ações, ETFs, REITs e até títulos de renda fixa dos EUA. 
  • Conta em dólar, com saldo protegido da desvalorização do real. 

Cuidados: 

  • Há incidência de IOF e necessidade de envio de remessas internacionais. 
  • Declarar corretamente os investimentos no Imposto de Renda (via Carnê-Leão ou GCAP). 

Vantagem Cambial: Proteção contra o Real 

O real é uma moeda instável, historicamente vulnerável a crises. Investir fora protege o patrimônio contra a desvalorização cambial. Exemplo: 

  • Se você tem uma ação que subiu 0% em dólar, mas o real desvalorizou 10%, você ainda lucrou em reais

Essa “proteção natural” é um dos motivos pelos quais investidores experientes sempre recomendam alguma exposição ao dólar

Como investir no exterior com segurança? 

1. Estude o básico sobre cada produto 

Comece por ETFs e BDRs, que são mais simples e negociados em reais. 

2. Defina sua alocação 

Não coloque todo seu dinheiro fora, mas pense em 10% a 30% da carteira, conforme seu perfil de risco. 

3. Escolha plataformas confiáveis 

Use corretoras com reputação sólida, suporte ao investidor e boa estrutura para remessas. 

4. Atenção à tributação 

No Brasil, lucros com ações no exterior acima de R$35 mil por mês são tributados. Já dividendos recebidos nos EUA têm retenção automática de 30%. 

5. Diversifique entre países e setores 

Não invista só em tecnologia americana. Explore setores defensivos, mercados emergentes e outros blocos econômicos. 

Investir no exterior deixou de ser um luxo de milionário. Isso porque com conhecimento e as ferramentas certas, é possível acessar oportunidades globais e proteger seu patrimônio das incertezas do cenário nacional. 

Você pode começar aos poucos ou dar um passo mais ousado com uma conta internacional. O mais importante é diversificar com consciência e segurança, pensando no longo prazo. Curtiu o conteúdo? Para saber mais basta ficar de olho em nosso blog e acessar nossas soluções.  

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